Clara, Maria e Lyard terminaram a limpeza. Desligaram o rádio, apagaram os lampiões. Ao abrir a porta para sair, Petit voltou e acendeu o pequenino lampião que ficava ao lado de Malvino. Ele não gosta do escuro, justificou para os que o esperavam na porta da Taverna, o vento frio gelando as almas....Boa Noite, Malvino, se despediu Petit. Ao fechar a porta ouviram o velho papagaio: Sete Piratas sobre o Caixão... Hohohohoho....
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Saudades de Criança
Com as costas escoradas na janela fria, Petit Enfant acariciava o pelo grosso de Marvin. Cheiro de Bode! Cheiro de Bode! falava Malvino, se pendurando poleiro de cabeça prá baixo. Uma música cheia de chiados tocava baixinho. Clara lavava as últimas tigelas usadas na noite e Lyard secava as canecas. Maria Lua passava o escovão na Taverna e parou ao reparar o olhar perdido de Petit. Ei, filho! Petit voltou da viagem dos pensamentos e falou bem devagar: Sim, mamãe. Vá dormir filho, o sr. José não chega hoje. Eu sei, murmurou baixinho e de forma desanimada. Eu sei... Ele só vai voltar depois que a Bruma baixar... É sempre assim. Maria Lua deu uma risada e ia falar alguma coisa quando reparou no olhar de desaprovação de Clara. Deixe o menino, murmurou. Não está vendo que ele está triste? Maria Lua deu os ombros. Não tinha feito por mal. Achava engraçado um menino sentir tantas saudades do velho Taverneiro.
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